Como manifestação cultural e expressão visual, muitas vezes o Design de Comunicação reflete padrões estéticos eurocêntricos, perpetuando preconceitos e estereótipos enraizados na sociedade. Hoje, ao criarem imagens, produtos e serviços, os e as designers reproduzem narrativas (neo)coloniais, de forma consciente ou inconsciente, que subjugam e marginalizam certas franjas da sociedade, ao mesmo tempo que reforçam hierarquias de poder estabelecidas durante o período da colonização. Muitas destas imagens criadas por designers, com as quais convivemos diariamente, são “invisíveis” a um olhar mais desatento. Reconhecer e confrontar estas influências coloniais no Design de Comunicação contemporâneo é crucial para promover não só uma literacia visual mas, acima de tudo, uma prática profissional mais consciente e inclusiva, capaz de desafiar as normas estabelecidas.